Lucrécio
- Ignatyus Arkadel
- Nov 3, 2016
- 20 min read

Lucrécio

Capital: Du' Lucart
Número de Habitantes: Aion (39%), asher (38%), vildianos (11%), tayahar (11%).
Forma de Governo: Monarquia.
Idiomas: Latim.
Religião: Cristianismo, Filhos de Judas (minoritária).
Nível Tecnológico: 5+ (Nação Industrial).
Gentilício: Lucrense.
Bandeira: Uma árvore no centro com um lobo a seus pés com o sol a direita e a lua a esquerda.
Nomes Masculinos: Acke, Fredrick, Gerhard, Greger, Gustaf, Halsten, Jerjer, Klemens, Niklas, Patrik, Salomon, Sigfrid, Staffan, Tomas, Truls, Tyko.
Nomes Femininos: Agda, Annika, Britt, Britta, Charlotta, Emelie, Frida, Greta, Ingegärd, Lovisa, Marna, Mia, Pernilla, Sassa, Susasnn, Tova, Viveka.
Sobrenomes: Andersson, Bergqvist, Bergman, Dahl, Dhalberg, Hedlund, Holmberg, Ivarsson, Johansson, Karlsonn, Lindqvist, Lundberg, Nordin, Nyberg, Sandberg, Ström.
Nenhum país do mundo mudou tanto em um lapso tão curto de tempo quanto Lucrecio. Em menos de três décadas o principado passou de ser um lugar caótico, imerso em uma profunda crise econômica e política, a se converter em uma das nações mais avançadas e prósperas de Gaïa. Tudo isto se deve tão só a uma pessoa: o enigmático príncipe Lucanor Giovanni.
Agora Lucrecio é o principado com maiores avanços técnicos que existe, o que reflete em todos os aspectos da vida do país. Seus sistemas de irrigação, sua infraestrutura médica, a arquitetura de suas cidades, a recém erguida frota de zepelins... todos estes elementos fazem dele um lugar único em Gaïa. Não em vão, alguns comparam o crescimento de Lucrecio com o do próprio Abel em seus melhores anos de esplendor.
A nação é quente, com centenas de rios, zonas verdejantes e pequenas montanhas. Se encontra no centro das quatro maiores potências; o Sacro Santo Império, os Estados Episcopais, a Aliança Azur e as Terras de Al-Enneth. Esta posição estratégica é inigualável, já que lhe permite usar sua neutralidade para evitar que algum conflito possa lhe afetar plenamente, pois se algum agrupamento lhe atacar, poderia se aliar com qualquer uma das outras. Além do mais, ainda que seus exércitos não são demasiadamente numerosos, graças a organização Wissenschaft o principado controla a maior rede de espiões e influências do mundo, o que dá a Lucanor um poder equivalente (em ocasiões, pode ser que maior) ao de qualquer outra potência de Gaïa.
Os habitantes da região vivem em um ambiente de grande bem estar, que lhes faz ignorar completamente os acontecimentos que se ocorrem fora de suas terras. A criação de animais, a agricultura e a manufatura são muito prósperas, ainda que sem se obcecar em aumentar a produtividade como em Gabriel. Além do mais, todas as calçadas que comunicam suas cidades são pavimentadas, o que permite viajar entre elas a grande velocidade. As leis regem por igual para todos e as pessoas possuem um elevado senso de honra e dever, se sentindo orgulhosas de viverem aonde vivem.
Lucanor possui o domínio absoluto do país. Desde sua chegada, substituiu toda nobreza por indivíduos escolhidos pessoalmente, que seguem cada uma de suas indicações e planos ao pé da letra. No momento, ninguém sabe com exatidão o que pretende o último descendente de Zhorne Giovanni, pois nem declarou a independência de Abel nem jurou lealdade ao novo trono ou da Aliança Azur. Se Lucrecio é capaz ou não de conservar essa aparente neutralidade, é algo que ainda está por se ver no futuro.
Cultura e Sociedade
Os lucrenses dificilmente podem crer como suas vidas mudaram em um período de tempo tão curto. Após tanta corrupção, caos e pobreza, o mundo inteiro deu um salto em relação a eles por algumas décadas. Agora o desenvolvimento cultural do principado se encontra muito acima o da maioria dos países; suas cidades ergueram bibliotecas e escolas públicas das quais pode dar assistência a todo o mundo gratuitamente. Pode ser que não estejam tão enfocados para o conhecimento intelectual quanto em Ilmora, mas desde já os ensinamentos estudados tem uma finalidade muito mais prática para a vida diária. A maior parte dos habitantes do país é ainda da "velha escola", simplesmente se esforçam em se adaptar as mudanças que lhes brindam os recentes avanços. Entretanto, a nova geração cresceu em modernas academias, aprendendo coisas que seus pais nem sequer poderiam imaginar. Esses jovens, atrevidos e empreendedores, são a verdadeira força do país, pois seus ideais avançam acordes ao rumo que estão tomando as coisas. O cristianismo é a religião oficial e a maioria de seus habitantes mantém crenças enraizadas, ainda que cada vez mais e mais adolescentes consideram que ir todas as semanas pontualmente a igreja não é mais que uma perda de tempo. Por suposto, isto provoca sérias fricções com seus pais.
Atualmente, há uma grande diferença entre a vida nos povoados e na capital, Du' Lucart. Em ambientes rurais se respira com calma e tudo está submerso em uma sensação de sossego, como se o mundo avançasse lentamente e em completa paz. As pessoas são felizes, e não tem complicações ou problemas. Contrariamente, a vida em Du' Lucart é uma verdadeira azáfama, aonde nada parece ficar quieto mais de um minuto. Quando alguém alheio ao principado compara ambas as formas de vida, não pode evitar de se impressionar com a sensação de que entrou em um novo mundo.
Lucrecio já não conserva uma estrutura feudal. Restam poucos grandes castelos independentes e praticamente a totalidade da nobreza se reúne nas grandes cidades. Todas as cidades, desde a menor até a maior, são regidas por um comandante elegido pelo próprio Lucanor, que tem a seu cargo um delegado local, votado pelos habitantes de cada comunidade.
Sua situação geográfica, entre as quatro potências, e o caráter neutro que manifesta, faz com que seja visitada por milhares de viajantes, mas as vezes há certa tensão entre estes por pertencer a blocos diferentes. De qualquer maneira, as pessoas dão boas vindas a qualquer um, sempre quando não causem verdadeiros problemas.
O Sobrenatural
Aparentemente, a concepção das forças sobrenaturais em Lucrecio não difere em nada da qual poderiam ter os habitantes de Abel ou as outras regiões do Império, se bem é certo que os jovens do principado mostram uma mente muito mais aberta a estes temas que seus maiores (ainda que isso não significa que não as temam ou desconfiem delas ).
O principado conta com um grupo especializado em se ocupar de casos de bruxaria, possessões demoníacas e outros assuntos de índole sobrenatural, chamada Réquiem, do qual supre as funções da Inquisição em Lucrecio. A Igreja mandou alguns executores para supervisionar o trabalho de tal organização, mas a maioria foi absolvida por ela graças a influência de Lucanor nas altas esferas eclesiásticas. Réquiem é excepcionalmente seletiva com suas pesquisas e, mais que acabar indiscriminadamente com as forças sobrenaturais, as ocultam do público. Só destroem aquelas que são perigosas para a humanidade.
Samael em Lucrecio
Quando tinha monopolizado todo o poder e quando Wissenschaft estava em funcionamento, Lucanor reuniu os Arcontes da Samael que atuavam em seu território (sequestrando inclusive aqueles que não quiseram comparecer a convocação, que despertaram aprisionados em uma habitação desconhecida). Diante a considerável surpresa dos presentes, Lucanor se apresentou pessoalmente na sala e lhes assegurou que eram bem vindos no principado. De fato, enquanto permanecerem ocultos e não fizerem dano a ninguém, não teriam que se preocupar com a Inquisição ou com Tol Rauko. Para ele, seriam cidadãos "oficiais". Entretanto, também disse que retribuiria dez vezes a cada uma de suas ações. Dias mais tarde, um membro da Samael se alimentou da alma de um humano. Quando, horas depois, o assassino e nove membros mais da organização desapareceram sem deixar rastros, os assistentes da reunião compreenderam a terrível seriedade daquelas críticas palavras.
Os Anjos Caídos não gostam da situação (razão pela qual sempre evitam de visitar Lucrecio pessoalmente), mas os seres sobrenaturais que residem em Lucrecio se sentem satisfeitos pelo trato recebido (do qual, até o momento, foi exemplar). Em ocasiões, as autoridades recorrem em segredo a membros da Samael para que lhes ajudem em investigações ou casos relacionados com forças sobrenaturais, pelo qual não é impossível encontrar entre as forças da Réquiem algum ou outro Sylvain, Daimah ou mesmo Duk'zarist. Por suposto, tudo se é feito no mais absoluto anonimato.
História de Lucrécio
Lucrecio nasceu como nação após as Guerras da Cruz, quando o Apóstolo Joshua de Zed unificou os povos locais que haviam lutado sob a bandeira do Messias. Lamentavelmente, a curta vida de Joshua propiciou que o Reino Santo logo caísse em contínuas disputas pelo poder entre as distintas casas nobres, que se prolongaram até que os territórios fossem conquistados dois séculos e meio depois pelos exércitos de Judas.
Durante a formação de Abel, três das principais casas nobres sobreviventes buscaram o apoio do Imperador para tomar o controle de Lucrecio, mas só desejavam o poder do florescente Império para aplastar a seus inimigos e se converter em uma nação independente. Dado que Zhorne não secundou a nenhuma delas, pois estava centrado em suas cruzadas nortenhas, a Ordem de Yehudah aproveitou a situação oferecendo para a nobreza o poder que tanto ansiava. No ano 231, meses depois de que Yehudah tomara o controle de Togarini e atacara Bellafonte, a família Abendroth apareceu comandando uma vasta legião de monstros e anjos negros, o que obrigou a Abel a centrar sua atenção também na zona. Após uma série de cruéis e fulminantes batalhas, Lucrecio foi anexado a Coroa Imperial no ano 235, sob a supervisão do duque Arlo Hadley, que recebeu o título e honorários de príncipe.
Entretanto, contra todo o prognóstico, os seguintes séculos foram tempos caóticos para o principado, repletos de contínuas lutas de poder entre a nobreza, grandes projetos comerciais que nunca chegaram a começar e assassinatos nas famílias governantes que produziram contínuas mudanças de príncipes. Todo este pandemônio e descontrole chegou ao seu máximo apogeu a só cinquenta anos atrás, com o governo do corrupto príncipe Bruno Frey, irmão da Imperatriz Lucrecia Frey e tio de Lucanor Frey. Bruno se encontrava na Corte Imperial durante o golpe de estado de Elías Barbados, perdendo a vida durante a comoção.
Seria então quando Lucanor, incapaz de ascender ao trono de Abel, herdaria ao título de príncipe de Lucrecio por legado de sua falecida mãe. A chegada do jovem, que apenas havia cumprido quinze anos, foi uma verdadeira revolução. O jovem demonstrou um talento sem igual para governar; depôs a quase todas as famílias nobres, alterou o sistema de poderes e levou o principado a uma era esplendor como não se havia visto até então. Isso lhe proporcionou muitos inimigos, que desapareceram em estranhas circunstâncias (ainda que suficientemente claras como para que todo o mundo soubesse que não se podia desafiar seu poder). Por isso, nestes últimos anos o país deu um verdadeiro salto, até se converter em uma verdadeira potência a se respeitar.
Os recentes acontecimentos do Império não tiveram nenhuma repercussão em Lucrecio, pois até o momento Lucanor não deu mostras de aproximação a nenhum dos bandos. Haverá de esperar algum tempo para ver qual será o rumo que tomará o país.
Relevantes pontos geográficos
Lucrecio, um lugar verde e de bom clima, se caracteriza por reunir uma grande variedade de acidentes naturais. A maioria de suas fronteiras são delimitadas por bosques, enquanto que a parte central do território é composta por grandes planícies e montanhas.
Planícies de Fuchs: Apesar do que seu nome pode sugerir, as Planícies de Fuchs apresentam uma enorme quantidade de colinas e montanhas baixas disseminadas em toda parte. Se trata de uma ampla zona situada na parte norte do principado, cujo nome se inspira nas grandes raposas que vivem na região. Estes animais são inofensivos para o homem, mas são um verdadeiro estorvo para as centenas de fazendeiros que vivem nas tranquilas aldeias. Uma lenda diz que algumas das raposas são na realidade espíritos inteligentes, algo muito semelhante as lendas orientais sobre as Kitsunes.
Montanhas de Glockner: Ao leste das Planícies de Fuchs há uma larga faixa de colinas e jardins, um lugar tranqüilo onde se respira verdadeira paz. O mais característico da zona são as fortes correntes de vento provenientes do Mar Interior, que as vezes chegam a alcançar uma potência muito elevada. Por sorte, as colinas protegem os viajantes que usam os caminhos entre elas para viajarem até Kushistân.
Floresta de Schaefer: No norte de Lucrecio se encontra o maior bosque do principado e também uma de suas zonas mais perigosas. Schaefer é uma alta floresta de carvalhos, ciprestes e outras árvores menos comuns. O lugar é um enxame de animais selvagens e temidos predadores, dentre os que se distinguem os temíveis Yoürgoulat, uma espécie de selvagens ursos pardos de enormes proporções. Estas bestas são tão brutais que uma só delas pode acabar com uma partida de caça inteira, razão pela qual as autoridades locais colocaram uma boa recompensa por suas cabeças (sem contar o valor que tem as peles no mercado).
As vezes, muitos habitantes de Americh que tem problemas na cidade se escondem no mais profundo das entranhas até que se acalmem os ânimos, já que poucos perseguidores gostam de levar seus rancores até Lucrecio.
Floresta de Metzger: Metzger é um antigo bosque de abetos muito frequentado por caçadores e montadores de armadilhas. É tão denso e torcido que só pessoas experientes podem se atrever a adentrar nele sem temer se perder entre as entranhas.
Faz menos de um ano começaram a suceder estranhos desaparecimentos em Metzger, e os corpos de muitos caçadores, horrivelmente esquartejados e sem uma gota de sangue, são as vezes descobertos nas profundezas do bosque. As autoridades culpam a um yoürgoulat perdido, mas muitos caçadores experientes asseguram que estes ferimentos não tem nada a ver com as marcas de um simples animal. Entretanto, todo aquele que faz demasiadas perguntas ou indagações desaparece também, pelo qual se estende o rumor entre alguns anciãos (os jovens se negam a crer em superstições) de que se trata de uma maldição.
A verdade que se oculta por trás destes acontecimentos é que, recentemente, Wissenschaft instalou um de seus laboratórios de investigação em Metzger, e a organização liberou três aterradoras bestas processadas para espantar as pessoas. A maioria do bosque é seguro, mas aqueles que se aproximam demasiadamente do laboratório encontram sempre um trágico e doloroso fim.
Montanhas de Creix: Creix é um estreito maciço montanhoso no setor meridional do principado. Há menos de uma década, um terrível terremoto afetou a firmeza da zona, fazendo com que algumas cúspides se rachassem ou mesmo caíssem. Isso revelou importantes minas de minerais mas, ao mesmo tempo, deixou o maciço terrivelmente instável, e agora o risco de desprendimentos é muito alto.
A Ordem de Yehudah, que ainda considera Lucrecio como uma de suas possessões, teve que retirar seus efetivos no principado até Creix, depois de que a maioria de seus agentes foram massacrados por uma força desconhecida (na realidade, corvos da Wissenschaft). Habilitaram um complexo sistema de grutas e esconderam ali sua presença usando suas capacidades místicas.
Rio Turin: Este grande rio nasce nas Montanhas de Creix e sobe até o Mar Interior atravessando o principado. Lucanor ordenou que erguessem diversas barragens e travas ao largo de todo seu recorrido, que permitem aproveitar melhor a água aos assentamentos adjacentes. Além das barragens, faz mais de uma década se construiu um largo desvio para jogar a água até a cidade de Du' Lucart. A Vereda da Água, que assim é como se chama, tardou mais de quinze anos para ser terminada.
Lugares de Interesse
A maioria das cidades e vilarejos de Lucrecio são pacíficos, mas o principado contrasta isso com a extraordinária cidade de Du'Lucart ou a famosa Grande Universidade.
Keltia
(Cidade, 12.000+ habitantes)
Keltia, que alça-se em um grande vale entre os Montes de Glockner, é um dos lugares mais sonhadores e melancólicos do principado. Esta bela comunidade recebeu o nome de A Cidade dos Moinhos, pois tanto suas ruas quanto aos redores são marcados por moinhos de vento. Assim, centenas deles podem ser vistos sobre os montes circundantes a quilômetros pela redondeza, com hélices sempre em contínuo movimento. A maioria não tem aparente utilidade, e para as pessoas não são mais que enfeites da onírica paisagem.
A cidade é um lugar tranqüilo, famosa por seus bons pães e pastéis. Faz alguns anos, não se ocorreu nada de relevante nela, e seus habitantes se acostumaram a viver em completa harmonia, separados da agitação das outras cidades. Seu prefeito é Beltren Caprid (Civil Nv 1, ♂), um ancião afável e tranqüilo, amado por todos.
Apesar desta suposta serenidade, Keltia esconde o maior laboratório de investigação e desenvolvimento da Wissenschaft. Se trata de um quilométrico complexo, construído nas profundezas abaixo da terra aproveitando enormes grutas naturais. Ali, centenas de pessoas realizam diariamente toda classe de experimentos, inclusive aqueles mais perigosos que a organização não pode se permitir provar nas instalações de Du' Lucart ou da Grande Universidade. Se especializam no desenvolvimento de armas e outros estudos similares baseados nas Lojas Perdidas. Sua maior realização foi a recente criação das primeiras exoarmaduras tecnomágicas baseadas na ciência de Sólomon, as Gears, que se encontram em fase de testes nestes precisos momentos. O laboratório goza das melhores sofisticações técnicas de Gaïa em matéria de segurança, e é protegido por uma esquadra inteira de corvos. Ironicamente, o complexo obtém a energia dos moinhos da cidade.
Reist Ebersbacher (Civil Nv 9, ♂), um dos principais desenvolvedores da Wissenschaft, é o verdadeiro poder na cidade. Antes de entrar na organização, Reist era um investigador tão brilhante e atrevido que a Igreja considerou seus estudos como bruxaria, e ordenou a Inquisição que acabasse com ele. Lucanor conseguiu lhe salvar das chamas, e desde então Reist sente verdadeira devoção para com ele e tudo o que representa. Infelizmente, sofreu terríveis queimaduras, o que lhe obriga a cobrir seu corpo e seu rosto com vendas. Reist sempre está acompanhado por uma jovem Sylvain chamada Valis Ul Del Vilfain (Convocadora Nv 7, ♀), uma ex agente da Samael que agora atua como sua protetora e amante.
A Grande Universidade
(Edificação, 800+ habitantes)
A Grande Universidade de Lucrecio é conhecida por ser o centro de estudos mais importante de Gaïa. Se trata de uma monumental mansão de seis plantas, desenhada e construída pelo próprio Lucanor, com a finalidade de que seja uma academia para jovens promessas de todos os confins do mundo. Está localizada em meio as Planícies de Fuchs, em alguns quilômetros ao oeste da capital. A universidade tem várias alas; uma para as aulas, outra para os experimentos, dormitórios e, finalmente, uma zona de recreação. Contém além do mais a maior biblioteca de Gaïa (ao redor do meio milhão de volumes), na qual se incluem uma infinidade de livros que a Inquisição considerou hereges ou perniciosos.
Há duas classes de alunos: os filhos de ricos nobres e burgueses, que seus pais enviam pagando importantíssimas somas de dinheiro, e aqueles que recebem uma bolsa oficial patrocinada pelo próprio principado. A pré-seleção é muito dura, e apenas aqueles com algum talento podem entrar, a margem do poder ou da categoria de suas famílias. Naturalmente, os professores estão a altura das expectativas; só os melhores mestres são contratados. As visitas são infreqüentes, até para os familiares dos estudantes, mas com uma permissão especial do reitor é possível ter um limitado acesso a biblioteca. Clandestinamente, o edifício é também a principal base de operações da Wissenschaft, aonde a organização leva a cabo seus experimentos mais importantes. Todos se efetuam em umas grandes instalações subterrâneas secretas das quais alunos e visitantes não tem acesso. Além do mais, é o lugar ideal para recrutar novos talentos, já que vários membros desta sociedade trabalham também como professores e mantém uma vigilância atenta sobre os estudantes que se destacam proeminentemente.
A Grande Universidade é custodiada por um pequeno corpo de guardas, em sua maioria corvos, que se asseguram de que não se ocorra nenhum imprevisto e evitam intrusos. As instalações inferiores tem uma proteção muito superior, especialmente quando o príncipe Lucanor (que dá alguma ou outra aula excepcional) as visita.
A reitora da universidade é Meridian Kappel (Civil Nv 7, ♀), uma Nephilim Sylvain que chegou a recuperar parte dos conhecimentos e recordações de sua vida anterior, na qual também era uma erudita. Idolatra Lucanor, e a muito tempo é apaixonada por ele é pela ciência (nesta ordem).

Krause
(Povoado, 4.000+ habitantes)
Krause constitui o perfeito exemplo de paz e tranqüilidade que se respira nos vilarejos do principado. É uma grande comunidade rural e fazenda exportadora de produtos naturais a Du' Lucart usando o rio Turin como transporte. Seus habitantes levam mais de um século sem ter qualquer mínima relação com organizações ocultas, forças sobrenaturais ou nada que não seja a rotina diária de suas vidas. Surpreendentemente, pode ser que seja um dos poucos lugares do mundo do qual se possa dizer algo assim.
Porto Misrech
(Cidade, 34.000+ habitantes)
Misrech é um importante porto comercial de Lucrecio, que monopoliza a maioria das transações do Oceano Calistis e das mercadorias procedentes do Novo Continente. A arquitetura da cidade é muito antiga, mas a maioria dos edifícios da zona das docas foi reconstruída seguindo o estilo de Du' Lucart, pelo qual tem um aspecto muito mais moderno. Sendo o núcleo mercantil mais valioso do principado, Misrech está sempre em contínuo movimento, e quase uma centena de navios entram e saem diariamente de suas docas. Sol Negro organiza suas transações em Lucrecio neste porto, ainda que todos seus movimentos são espionados pelo comandante da cidade, o barão Akërman (antipaladino Nv 6, ♂).
Pelo grande número de visitantes procedentes dos Estados Episcopais que recebe e sua proximidade com O Domínio, as pessoas são mais religiosas que em outros lugares, o que causa certa tensão com os jovens e adolescentes, aos que seus pais taxam de carecer de verdadeira fé.
Holzburg
(Povoado Fantasma, Sem habitantes)
Holzburg era até pouco tempo um solitário vilarejo de uns quinhentos habitantes, situado nas aforas do bosque de Metzger.
Faz pouquíssimas semanas, a aldeia foi atacada por um processado fugitivo chamado XIII, uma criatura violenta e extremamente poderosa que arrasou o povoado sem deixar nenhum sobrevivente sequer. XIII foi severamente danificado ao escapar da Wissenschaft, pelo qual se aninha temporariamente em Holzburg a espera de recuperar suas forças e poder buscar os outros processados para se alimentar. Além de ter capacidades físicas aterradoras, uma de suas habilidades experimentais é a de criar pequenos parasitas que aninham nos corpos mortos, assim pode usar suas vítimas para criar uma pequena horda de monstruosidades mutantes que lhe protegem.
Até o momento, todos os viajantes que chegaram até Holzburg encontraram o vilarejo vazio, só para merecer o mesmo destino que o restante de seus habitantes. Wissenschaft organizou uma partida de busca, mas graças as capacidades de não detecção de XIII, ainda não conseguiram alcança-lo.
Malakai
(Metrópole, 67.000+ habitantes)
A segunda maior cidade do principado, Malakai, é considerada como uma versão reduzida da capital. Tem um núcleo central de grandes blocos de edifícios (erguidos sobre um antigo bairro velho), rodeados por sua vez por milhares de casas baixas construídas ao estilo tradicional. Malakai está no centro das Planícies de Fuchs, de onde controla a maioria das transações e exportações em direção a Aliança Azur e ao Império. Em suas ruas é freqüente encontrar componentes de ambas facções, o que produz mais de um confronto sério.
Malakai acolhe uma pequena fortaleza que pertence a Tol Rauko (a única no principado), como mostra de boa vontade de Lucanor de manter uma estreita relação com os templários.
Hirsch
(Povoado, 2.200+ habitantes)
Hirsch é um pequeno vilarejo das Planícies de Fuchs, localizado na aba de uma grande colina. A aldeia foi construída seguindo a elevação do monte, ocasionando que se dê um enorme desnível entre cada casa. No alto da colina há uma grande mansão, teoricamente vazia faz mais de duas décadas, já que o nobre que ali vivia desapareceu após conspirar na tentativa de assassinato de Lucanor. Porém, já faz um tempo, parece que alguma classe de força desconhecida se instalou nela. Os aldeões falam de um fantasma, mas seja o que for, o poder existencial que demonstra é demasiadamente elevado para se tratar de um mero espectro. Pelo que parece, se produziu um grande colapso entre o mundo real e a Vigília. Muito provavelmente, a casa seja a única porta de entrada ao reflexo de Hirsch, mas até agora ninguém chegou até ali.
Faz pouco tempo, a aldeia ficou severamente danificada por um combate entre um grupo de Altos Inquisidores e o Conclave, que fez arder uma grande parte das casas nas chamas. Nestes momentos, se encontra um processo de reconstrução.
Du' Lucart
(Metrópole, 824.000+ habitantes)
Du' Lucart é a imagem da mudança do principado. A capital, antigamente chamada Neustadt, se desenvolveu tanto nos últimos vinte anos que até seus habitantes são incapazes de reconhece-la. Desde a chegada de Lucanor ao poder, se introduziram enormes novidades na arquitetura e na infraestrutura urbana, que fizeram dela uma das cidades mais modernas de Gaïa. Em só duas décadas a população se multiplicou por dez, devido tanto ao elevado índice de natalidade (o principado oferece grandes ajudas as famílias numerosas) quanto ao grande número imigrantes vindos de outras cidades ou países. Apenas Arkângel, durante os anos da criação do Império, experimentou um crescimento similar.
Conserva intacta a estrutura da velha cidade (chamada agora de os "subúrbios de Neustadt" ou bairro antigo, a zona mais escura do bairro atual), mas o resto de Du' Lucart sofreu uma visível mudança. Pavimentos em todos e cada um de seus bairros, hospitais, escolas, rede de esgotos, iluminação artificial e sua maior modernidade arquitetônica; a incorporação de blocos de vivendas de vários andares. Estes edifícios não são algo novo em Gaïa (tanto Arkângel quanto Kaien levam mais de um século os usando), mas a numerosidade e importância que adquirem aqui não tem par. A maioria não são demasiadamente elevados (o mais habitual é que tenham entre quatro e seis andares), ainda que alguns deles no novo centro urbano rompem esta norma, se erguendo até a mais de dez andares. Isso confere a Du' Lucart a impressão de ser muito alta, já que algumas ruas podem ver seus topos tocarem os céus. A cidade não tem grandes monumentos, mas sim edifícios enormes e representativos, como o Palácio do Comércio, um gigantesco edifício cheio de bazares e negócios, ou o Porto Aéreo, desde onde saem os zepelins do principado.
O príncipe Lucanor Giovanni dirige pessoalmente a cidade do castelo de Larcs, que o mesmo desenhou, ainda que passa pouco tempo aqui. A fortaleza, erguida no centro de um grande parque natural as aforas de Du' Lucart, é um lugar calmo e sossegado aonde não se respira a poluição do núcleo urbano. Uma ala inteira da Larcs pertence a Wissenschaft, aonde o príncipe em pessoa leva a cabo numerosos experimentos.
No passado, Neustadt continha um nodo menor de magia, o que atraia a milhares de seres sobrenaturais até a cidade. Muitos deles pertencem a Samael e se escondem entre as pessoas sem causar danos ou problemas, mas outros são monstruosidades que se alimentam da essência ou da vida das pessoas, provocando um considerável número de mortes. Com o enorme crescimento da população estes homicídios geralmente passam despercebidos, mas Réquiem se dedica a destruir estes assassinos sobrenaturais com a mesma eficiência com da qual ocultam sua existência.
OUTROS: Lenard, Korin, Creixburg.
Tramas
Como um dos lugares mais modernos de Gaïa, Lucrecio é um principado muito interessante para centralizar uma partida. Para começar, Du' Lucart é um lugar ideal para intrigas investigativas, e os personagens poderiam perfeitamente trabalhar para Réquiem resolvendo casos relacionados com forças sobrenaturais. Tampouco há de esquecer que os experimentos da Wissenschaft são uma grande fonte de ideias, desde criaturas que escaparam dos laboratórios até as mais variadas provas de campo.
Desaparecido
Hanna Syl (Civil Nv 1, ♀) é filha de um dos médicos mais prestigiados de Du' Lucart. Faz poucas semanas seu pai desapareceu e, desde então, ela vem tentando encontra-lo sem cessar. O mal é que, cada vez que descobre alguma pista, ocorre algum infortúnio incidente (se queima uma casa, se perdem arquivos, alguém sofre um acidente...) e perde todo o rastro. As autoridades já deram o caso por fechado e declararam oficialmente ao doutor como falecido, mas Hanna não irá se render tão facilmente. Poderia contratar os personagens para que lhe ajudem a buscar seu pai (ela não pensa em ficar de fora disso) e possam averiguar o que se ocorreu com ele.
A verdade é que o doutor foi seqüestrado pela Wissenschaft, pois seus recentes estudos e descobertas sobre a circulação sanguínea poderiam ajudar no desenvolvimento do Processo. Este está colaborando com eles, ainda que só em troca da promessa de que sua filha não sofrerá nada (razão pela qual as sucessões acontecem ao redor da jovem, mas sem lhe afetar diretamente). Em princípio, Wissenschaft não tem intenção de que ninguém saia ferido nem que sofra outros males, mas se os personagens chegam a descobrir algo importante, não duvide que tentarão fazer-lhes desaparecer para sempre.
Sombras no Beco
Uma noite, enquanto caminham por uma rua solitária de Du' Lucart, os personagens verão como um grupo de criaturas sombrias estão atacando a uma jovem que, para sua surpresa, se defende usando magia. Dado que a menina aparentemente aparenta estar perdendo, é possível que tratem de ajuda-la contra as sombras, em cujo caso, uma vez destruídas, contemplarão como uma substancial forma sombria, ataviada com uma gabardina, desaparece nas trevas. Neste momento, um numeroso grupo de soldados se aproxima das sombras, pelo qual a jovem lhes pedirá que a sigam pelos becos sem lhes oferecer mais explicações além da que se encontram em perigo. Uma vez a salvo lhes agradecerá, se apresentando como Talia Ul Del Valiel (Ilusionista Nv 4, ♀), e dirá pertencer a Réquiem, as forças de investigação sobrenatural de Lucrecio. Por suposto, tratará de esconder sua condição de Sylvain, salvo se eles mesmos tenham usado poderes excepcionais no combate. Após lhes pedir perdão por te-los envolvido, lhes explicará que seu perseguidor pertence a mesma organização, aonde a acusam de um crime que não cometeu. Ela suspeita que tudo é um plano de um membro da Samael, organização a qual também pertence, mas não tem provas disso. Lhes rogará que a ajudem, já que mesmo com seu poder, isto lhe seja demasiadamente grande.
Talia tem razão em parte; alguns agentes da Samael estão realmente envolvidos, pois tratam de romper a relação que sua organização tem com Réquiem.
Qualquer Tempo Passado
Durante o último ano surgiu uma curiosa comunidade no principado. Se fazem chamar os Tradicionalistas de Reeja, e defendem a volta dos valores e costumes da vida tradicional frente a corrupção da ciência. Rechaçam qualquer tipo de avanço, seja tecnológico, como as armas de pólvora ou as novas linhas de zepelins, ou bem científico, como o tratamento e sínteses de plantas medicinais. Começaram sendo pouco mais que uma dezena de seguidores de Larco Reeja, seu líder, mas na atualidade superam os duzentos membros.
No começo se limitavam a dar palestras nas praças, aonde montavam postos de alimentos recém cultivados e de roupa tecida a mão sem tingir; entretanto, nos últimos meses houve certos problemas com algumas discussões com tons elevados entre os Tradicionalistas e alguns estudiosos. Nunca passaram de alguns gritos ou insultos, mas faz duas semanas começaram a aparecer mortos vários ilustres cientistas. As autoridades suspeitam dos Tradicionalistas, mas não querem levar a cabo nenhuma ação até terem provas conclusivas; enquanto estes negam totalmente qualquer relação com os crimes, pois afirmam serem completamente pacifistas. Um porta-voz de Reeja, já que este nunca se mostra diretamente em público, descarrega todas as culpas em algum louco que odeia tanto seus ideais como para provocar a sociedade contra ele.
A família de um dos falecidos pensa que as autoridades estão sendo demasiadamente brandas com este caso, e contrataram os personagens como agentes privados para que se ocupem de sua resolução. A princípio os indícios parecem indicar que, tal como todo mundo suspeita, os seguidores de Reeja são os culpados, mas tudo dará um giro inesperado quando os personagens descobrem que não é a guarda da cidade que se ocupa de resolver o caso, e sim uma equipe da Réquiem.
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