Elisabetta Barbados

Elisabetta é uma das figuras mais misteriosas do Velho Continente, mas em equilíbrio é uma das pessoas mais caridosas e justas dele. De qualquer forma, a Imperatriz não é exatamente vista por todo o mundo como uma figura de pureza absoluta e no momento em que se sentou ao trono, explodiu uma revolta em vários principados do Velho Continente. Parte disso se ocorreu pelo fato de que, sua primeira ordem foi a de enfraquecer a influência da Igreja sobre todos os principados, para assim evitar que um problema anterior se repetisse. Mesmo assim, a Igreja ainda mantem uma influência poderosa, ou melhor dizendo, a mesma influência que tinha antigamente, forte, mas abaixo da Imperatriz.

Elisabetta é considerada como um gênio e isso ninguém pode negar, com apenas 12 anos de idade tomou o trono de seu pai e hoje rege com 13 anos de idade, apesar de ter o completo auxílio do mais poderoso dos Quatro Senhores da Guerra - Tadeus Von Horsman, considerado como o general mais poderoso em toda Gaïa.

Sofreu uma infância difícil, e isso condicionou a um tempo antes do seu nascimento. Seu pai, Elias Barbados, era um dos Senhores da Guerra e vivenciou o governo do 13º Giovanni, o clã de imperadores que descende de Zhorne Giovanni o eterno e santo herói que finalizou a guerra mais obscura do mundo e reconstruiu Abel em torno da tumba de Cristo.

O Imperador Lascar Giovanni foi o único do clã que fez um péssimo Império, na verdade no início ele carregava a mesma aura de justiça e bondade dos anteriores Giovanni, mas depois a tirania do poder lhe subiu a cabeça, ele ficou tão cruel que ocasionou o suicídio de sua própria esposa, a Imperatriz, adentrou em um estado de loucura que o tornou tirano, dando ordens de matança sobre todos aqueles que discordavam de suas ações. Assim, Elias Barbados resolveu reunir seu exército e os exércitos de outros principados para derrubar Lascar do poder. Lascar no entanto tinha um filho, Lucanor Giovanni, que fugiu com a espada de seu pai, fazendo Lascar perder a influência sobre seu exército e portanto deportado do trono, sem morte. Até hoje ninguém sabe os motivos de Lucanor, ele o fez para que seu pai caísse do trono? Ou o fez para poupar sua vida?

O que importa é que os Giovanni pela primeira vez na história perderam seu trono dourado, passando a ser ocupado pela família Barbados, ou melhor, por Elias Barbados. O Imperador Elias foi um governante muito justo, mas como todo homem carregava uma aura sombria, essa aura sombria surgiu após a morte de sua esposa, exatamente no nascimento de sua filha, Elisabetta Barbados. O Imperador Elias sempre foi um homem que acima de tudo, valorizava o romance, e a morte de sua esposa foi o ato mais cruel dos céus, talvez uma maldição rogada pelo fato dele ter cometido o pecado de selar a hierarquia dos Giovanni. Sendo assim, o Imperador passou a odiar sua filha, alegando-a ser responsável pela morte de sua querida esposa. E assim se repetiu a origem e erro do Imperador anterior, mas isso não ocorreu imediatamente. Ele ainda continuou puro e justo com as pessoas, mas indiferente a sua filha quando ordenou que a mesma fosse deportada para a ilha de Tol Rauko e fosse criada por lá, nos cuidados da Ordem do Céu, uma ordem de cavaleiros bastante poderosa e influente.

Assim sendo, Elisabetta recebeu a graça de ter a simpatia do Senhor da Guerra Tadeus Von Horsman, que se tornou um pai para ela. Anos mais tarde a menina teria atingido seus onze anos de idade, havia aprendido a lutar e a governar exércitos, tinha um nível de estudo invejável, um gênio. A menina então começou a ouvir os rumores de que seu pai havia perdido o controle do Sacro Império, mas resolveu não dar ouvidos e apenas se preocupar com as ações em Tol Rauko.

O Imperador Elias Barbados havia novamente se apaixonado, mas não era uma paixão pura e caridosa quanto o tinha por sua falecida esposa, era uma paixão selvagem e obsessiva pela Suma Arcebiscopisa e por isso, líder a Igreja, Eljared. Eljared tinha uma sensualidade acima dos limites, seu olhar, seus gestos, seu sorriso casto e puro e sua mente brilhante, vinda da casta oriental dos Ryuan, a tornava irresistível. Mas o que mais atraia nela era seu ar misterioso, do qual ninguém sabia ao certo sobre suas ambições ou a ausência delas. Em resumo, Elias estava perdidamente e violentamente apaixonado por sua nova e secreta mulher.

Com um tempo mínimo, Eljared governava mais que o Imperador, dava ordens no Velho Continente sem o seu consentimento, ou melhor, não importava quais eram suas ordens, o Imperador sempre a aplaudia, mesmo as mais cruéis e injustas. Eljared tinha a missão de fortalecer cada vez mais a influência da Igreja no Continente, e abdicava todas as outras religiões e culturas, fortaleceu a Inquisição, mesmo quando os inquisidores descordavam de suas ordens, mas eram obrigados a cumprirem. Muitos inquisidores resolveram fazer tramoias para escaparem das leis rígidas da Suma Arcebiscopisa, mas a pressão era sufocável.

Com isso, o Senhor da Guerra Tadeus Von Horsman se pôs no direito de realizar um novo golpe, semelhante ao que o próprio Elias Barbados fez contra os Giovanni. Mas tentando evitar o caos, resolveu não se promover como futuro Imperador, ao invés disso, influenciou Elisabetta e seu agora forte nome Barbados, para tomar o trono de seu pai.

A guerra pelo trono se iniciou novamente, mas Elias acusando-os de traição, negando deportar Eljared, firmou o trono. Tadeus ficou desolado, pois tirar o homem do trono para pôr sua própria filha era apenas um segundo plano, o real motivo era ameaça-lo para que o Imperador deportasse Eljared. Com isso, quase desistiu de fazer algo contra o Imperador, mas agora Elisabetta já estava decidida a continuar com a guerra e se seu pai não queria mudar suas atitudes, ela então promoveria uma nova guerra e essa seria cruel - A Guerra pelo Sangue.

Com isso, Elias Barbados acabou falecendo na guerra, morto pela sua própria filha. Seus exércitos foram massacrados pelos exércitos de Elisabetta e de Tadeus. E a menina com apenas doze anos se sentou ao trono. Eljared prevendo o que aconteceria com ela, desapareceu do mundo para sempre, sem deixar qualquer rastro sobre sua passagem, sumiu como um fantasma ou como poeira ao vento. A morte de Elias acabou criando uma revolta em vários principados, mas a revolta mesmo se iniciou com o que ocorreria logo em seguida: A primeira ordem de Elisabetta ao trono foi, enfraquecer a influência da Igreja, para assim evitar que a mesma continuasse dando ordens que passassem por cima da autoridade do Imperador, ou melhor, da primeira Imperatriz ao trono. Mesmo assim, se prontificou de dar a mesma influência que tinham na era dos Giovanni, colocando o paladino Romeu Exxet como o novo líder da Igreja, apenas um pouco abaixo do atual Sumo Arcebispo. Assim, a menina resolveu autorizar novamente as demais culturas e religiões, tendo como principal a cristã.

Através disso, alguns dos vários príncipes resolveram tornar seus principados em independentes, alcançando as terras mais longínquas e prometendo guerra. Assim se iniciou a Aliança Azur, aqueles formados por principados que negam expressivamente a autoridade da Imperatriz. Mesmo assim, Elisabetta resolveu não promover uma caçada contra eles, ao invés disso, fortalecendo os laços que ainda tinha com outros principados que a aceitaram de bom agrado.

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