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A Árvore das Almas

  • Ignatyus Arkadel
  • Nov 9, 2016
  • 7 min read

A Árvore das Almas

Fazem mil e seiscentos anos, a Costa de Pelegri desapareceu em um terrível conflito entre Sylvain e Duk'zarist, que ameaçou se converter no início da segunda Guerra da Escuridão. Entretanto, as beligerâncias terminaram subitamente quando a cidade de Mnemosite, a maior das metrópoles Duk'zarist do Velho Continente, desapareceu completamente. Quase todo o mundo considerou que havia sido destruída pelos Sylvain, mas a verdade que se esconde por trás daqueles acontecimentos é muito mais sombria.

Porque as vezes, há histórias que deveriam seguir desaparecidas nas trevas.

O Princípio do Fim

Na antiguidade, Mnemosite foi uma das cidades mais importantes de sua época, por ter sido construída rodeando a maior árvore de Ghestal do mundo, a Árvore Mãe, que por sua vez era um enorme nodo de magia. Tudo isso proporcionava um incrível poder a seus habitantes, que se consideravam superiores aos demais povos de Gaïa.

Quando anos depois entrou em guerra com as cidades Sylvain da costa, o Conselho de nobres que governava a cidade desenvolveu um plano que lhes permitia obter uma superioridade absoluta sobre qualquer outra força do mundo. O projeto tinha como objetivo conectar as almas de todos os habitantes da metrópole a Árvore Mãe, lhes permitindo assim ter acesso direto as forças do nodo de magia de qualquer lugar em que estivessem. Além do mais, usando a própria essência da Árvore Mãe, se criou uma alma artificial chamada Pistis Sophia para controlar essa energia, uma espécie de sistema central que se encarregaria de distribuir e de supervisionar tudo. Desta maneira, Pistis Sophia se converteria na arma conhecida como mais poderosa da história.

A desenhista do projeto foi a alta sacerdotisa Fortimbras Adelheid, senhora do Conselho de nobres de Mnemosite. Apesar da grande aceitação popular, não tardou em aparecer uma minoria liderada pelo irmão menor de Fortimbras, Raine Adelheid, considerando desmedido o perigo que o plano poderia causar. Entretanto, suas palavras não tiveram peso no Conselho, pois os demais só viam em Pistis Sophia uma porta aberta a um poder sem igual.

Foi então quando um casal de Ebudan, chamados Sandalphon e Mineth, entraram em contato com o grupo de detratores encabeçado por Raine. Ao parecer, ambos haviam recebido um Sue' aman relacionado com a Árvore Mãe, assegurando que sua ativação desafiaria o destino e só poderia trazer consigo destruição e morte. Sandalphon tinha como missão se assegurar de que Raine detivera a ativação de Pistis Sophia, enquanto que Mineth era a encarregada de convencer a própria Fortimbras. As palavras dos Ebudan não fizeram mais que confirmar os piores medos daqueles opostos ao projeto, e se propuseram de dete-lo antes de que fosse tarde. Infelizmente, o destino esmagou as mãos de seus próprios agentes.

No final, nada acabou saindo como deveria.

Durante a última etapa da posta em marcha de Pistis Sophia, Mineth chegou a adentrar nas câmaras seladas do Templo da Eternidade, chegando até a alta sacerdotisa segundos antes de que conectasse o sistema. Acreditando em uma agente das cidades Sylvain, Fortimbras não ouviu suas palavras e se dispõs a destrui-la sem julgamentos. Enquanto a jovem Ebudan se defendia, fortuitamente provocou a morte de sua oponente, justo quanto Raine e Sandalphon faziam ato de presença para neutralizar a Árvore Mãe. Após presenciar horrorizado o fim de sua irmã, e crendo que Mineth realmente só pretendia se apoderar do controle do sistema, Raine se lançou sobre ela e a feriu mortalmente. Ao ver morrer a mulher que amava, Sandalphon perdeu a cabeça e matou Raine com suas próprias mãos, selando assim a obscura cadeia de mortes sem sentido causadas pela catástrofe final.

Sem que ninguém a detivesse, no mesmo instante em que o sangue de Fortimbras se mesclava com as raízes da árvore, Pistis Sophia tomou consciência de si mesma. Se sentindo incompleta, no lugar de ceder o poder a Mnemosite, utilizou seu vínculo com os habitantes da cidade para absorver suas almas, reunindo em seu interior todas as emoções e conhecimentos das pessoas. Se dando conta do terror que acabava de se desatar, os onze companheiros de Raine, os únicos que não habiam feito o pacto de sangue com Pistis Sophia, ativaram o sistema de anulação; mas o poder da Árvore Mãe já era demasiadamente poderoso para ser detido de uma maneira tão simples. Desesperados, lhe rogaram a Sandalphon que marchasse levando as chaves de contenção, enquanto que eles tratavam de selar o sistema antes de que fosse demasiadamente tarde. Inclusive a custo de suas vidas, de algum modo chegaram a enterrar a cidade inteira nas profundezas da terra, obrigando a Pistis Sophia a entrar em hibernação.

Desde então, tudo o que é relacionado a Mnemosite não são mais que histórias e lendas, pois ninguém jamais chegou a imaginar como uma das maiores metrópoles desta era de esplendor pôde desaparecer da noite para o dia sem deixar rastro.

Uma manifestação de Fortimbras

A Árvore Mãe

A Árvore Mãe é a primeira de todas as árvores de Ghestal que se conhece. Se lhe supõe inclusive a própria Guerra da Escuridão e de suas sementes teria nascido o resto. Após a ativação da Pistis Sophia, tomou consciência de si mesma e absorveu as almas dos três milhões de habitantes de Mnemosite, se convertendo assim em uma entidade de imenso poder espiritual. Graças a isso, suas raízes se estendem agora pela maior parte das profundezas de Dwänholf, abarcando quase totalmente o principado; com toda segurança, é o maior ser vivo da superfície de Gaïa.

Os selos do sistema de segurança o tem adormecido e suas capacidades são limitadas, mas se em algum caso chegar a se libertar, poderia exteriorizar seus apêndices por todo o país e transformar completamente milhares de quilômetros quadrados. Por hora, em seu atual estado, a única coisa que pode fazer é conectar determinadas raízes as de outras árvores, criando avatares artificiais de algumas das almas que tem em seu interior. Este processo a esgota enormemente, pelo qual só pode faze-lo em poucas ocasiões. Sua representação mais habitual e perigosa é a de Fortimbras, que a utilizou no passado para destruir a encarnações das treze almas disconformes com o caminho que Pistis Sophia desejava.

As Treze Almas

Só as almas dos onze insurgentes, assim como as de Raine e Mineth, conseguiram escapar da catástrofe. No entanto, no momento de sua morte estabeleceram um vínculo irrompível com Pistis Sophia que lhes impediu de chegar ao fluxo de almas. Durante mais de setecentos anos, seus espíritos vagaram a deriva entre mundos sem consciência alguma, até que a ruptura da realidade provocada pela máquina de Rah e A Barreira os fez renascer como Nephilim. Seis deles são Duk' zarist, enquanto que os outros cinco pertencem a raças diferentes.

Por algum motivo desconhecido, a Árvore Mãe necessita de seus espíritos para terminar o processo que iniciou séculos atrás e ser uma entidade completa, assim que utiliza o laço que os une para atraí-los a seu lado mediante sonhos e visões. Sem se dar conta de que estão sendo usados, os treze buscam uma maneira de regressar até a árvore, sentindo que um destino inacabado lhes aguarda nas entranhas da terra. Naturalmente, o principal objetivo de Pistis Sophia é que encontrem as quatro chaves que selam seu sistema e assim que a liberem completamente.

Ao contrário que os outros Nephilim, os treze já morreram em numerosas ocasiões, mas seu vínculo com Pistis Sophia os faz regressar uma e outra vez até que cumpram finalmente sua missão. Entretanto, do mesmo modo que estas almas estão unidas a Árvore Mãe, para bem ou para o mal são também as únicas que podem dete-la definitivamente. Graças ao laço, poderiam penetrar em seu coração e destruir a Pistis Sophia antes de que esta conseguisse absorve-los definitivamente.

O Legado de Sandalphon

Ainda hoje, Sandalphon (Arcano Nv 10, ♂ Ebudan) segue vivendo com o único objetivo de corrigir o erro que cometeu, "seu pecado", como ele o chama. Após falha em seu Sue' aman e acabar com Raine, chegou a sobreviver durante mais de mil e seiscentos anos utilizando todos os métodos ao seu alcance, inclusive devorar as almas de criaturas obscuras. Passou os últimos séculos buscando as almas perdidas para evitar que liberem a Árvore Mãe, enquanto tenta encontrar alguma encarnação capaz de acabar definitivamente com o pesadelo.

Quando descobre que uma das treze almas voltou a vida, as submete das sombras a milhares de provas e dificuldades, tratando de prepara-las para o obscuro destino que lhes espera. Se morrem no caminho, ainda que não deseje, para ele é um resultado preferível ao que poderia ocorrer no caso de que chegasse até a Árvore. Em seu coração ainda deseja se encontrar novamente com a encarnação de Mineth e, ainda que não se recorde bem, poder ve-la uma última vez. Sabe que a esta altura já devia ter regressado, mas ainda não conseguiu localiza-la.

Sandalphon possui a quarta chave de Mnemosite, se assegurando assim de que ninguém possa liberar o sistema de Pistis Sophia sem antes enfrentar a ele, ainda que conseguissem reunir as outras três.

Mnemosite

Os restos de Mnemosite (Metrópole, Sem Habitantes Conhecidos) se encontram sepultados nas profundezas da terra, a poucos quilômetros da Lesão do Mártir. A cidade jaz no interior de uma colossal gruta, selada graças as incríveis forças sobrenaturais que se liberaram ali. Se conserva em um estado bastante bom, mas a maioria de suas ruas estão danificadas pelas descomunais raízes que se estendem por todas as partes. No centro da cidade se encontra o Templo da Eternidade, que rodeia a colossal Árvore Mãe; que por ser tão grande, só pode ser vista uma parte de seu tronco, e suas folhas cobrem a abóbada de Mnemosite como se fosse um céu verde.

Para poder se mover com liberdade por Mnemosite farão falta as quatro chaves que foram usadas para selar o sistema de Pistis Sophia. As duas primeiras dão acesso a diferentes seções da cidade, enquanto que a terceira tem a capacidade de abrir o Templo da Eternidade. Finalmente, a quarta chave pode liberar completamente a própria Árvore Mãe. Cada vez que uma das chaves é usada, uma parte da Árvore se desperta, aumentando seus poderes e sua capacidade de intervir no mundo.


 
 
 

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