Ciência e Tecnologia
- animawikia
- Jun 18, 2015
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Na realidade é bastante difícil contar em precisão sobre o nível de tecnologia do Velho Continente, principalmente se for para contar em detalhes a diferença entre um principado e outro. Há lugares que isso sobrepassou aos projetos, enquanto que outros nem sequer chegaram a Idade Média. De qualquer modo, o que se pode afirmar com certeza é que boa parte de Gaïa experimentou nestes últimos anos uma verdadeira revolução nos campos tecnológicos, que levou o mundo a um momento de mudança incerta.
Dentre todos os elementos técnicos que merecem a pena mencionar, o mais relevante são as máquinas de escrever. Graças a elas, foram criadas inúmeras vantagens no mundo das letras, permitindo produzir livros com baixos custos e leva-los a todos os confins de Gaïa. Outro elemento muito surpreendente tem sido os grandes avanços na mecânica artesanal, especialmente no que é referente as engrenagens de relojoaria. Com elas são fabricadas as mais variadas maquinarias, como relógios belos e precisos (tanto os de parede quanto os de bolso), caixas de música e outros artefatos similares. É inclusive possível que em breve cheguem a construir os primeiros motores de corda. De igual forma os novos estilos de soplados de cristal tem permitido criar lentes bastante precisas, fazendo possível a fabricação de óculos, monóculos, lupas, binóculos e inclusive grandes telescópios para observar as estrelas. É muito curioso que todo esse avanço se ocorreu em apenas dez anos, aprendendo a misturar cristais com líquidos escuros, o que dá como resultado um corpo semi-translúcido que permite ver através do céu. Deste modo, também se construiram óculos escuros que protegem contra o sol e outros aparatos do mesmo estilo.
Todos estes avanços e muitos outros não são mais que uma parte da tecnologia de Gaïa, pois dia após dia realizam-se novas e surpreendentes inovações.
Disciplinas Científicas e Medicinais
Inclusive antes de que fosse estabelecido em Abel, em Ilmora já existia uma verdadeira distinção entre diversas disciplinas científicas, como a astronomia, botânica, física, química ou inclusive filosofia, a predileta dos jovens. Cada uma delas se entende atualmente como uma ciência individual e especializada, das quais foram criadas numerosas ferramentas nos últimos três séculos. Também chegou a um avançado entendimento do corpo humano, a função dos orgãos e do aparato circulatório, o que permitiu realizar impressionantes progressos no campo da medicina e da cirurgia. Ainda que esteja muito longe de poder realizar transplantes ou operações cirúrgicas com precisão, há muitos hospitais dos quais já se foram feitas verdadeiras maravilhas médicas. Existe a anestesia, medicamentos antisépticos e até mesmo a esterilização instrumental. Naturalmente, cirurgiões tão preparados são terrivelmente raros e escassos.
Pólvora e Armas de Fogo
A pouco mais de um século o mundo revolucionou com a aparição da pólvora, estudada pouco antes e pouco depois para a concepção armamentística de Gaïa. Graças a isso não tardaram em desenvolverem as primeiras armas de fogo, como os rifles ou as pistolas de pólvora. Infelizmente, tais artefatos seguem sendo extremamente raros, pouco sofisticados e difíceis de conseguir, assim os fabricantes capazes de confecciona-los os vendem a preços exorbitantes. Conseqüentemente, nenhum exército da atualidade pode se permitir estarem completamente armados com rifles ou pistolas. Apenas as nações mais ricas e poderosas podem custear o luxo de ter alguns regimentos com um par de cem fuzileiros. Pelo contrário, os grandes canhões, que requerem menos sofisticação, foram multiplicados em muito pouco tempo, como os artefatos explosivos.
As armas não são as únicas que passam a ter uso da pólvora. O engenheiro shivatense Yu Lu Fao descobriu que, mesclando explosivos com certas substâncias, era possível criar belíssimos estalos multi-cores, criando assim os primeiros fogos artificiais de Gaïa: As luzes de Yun. Hoje em dia, não há sequer um país que não os utilize para animar suas festas mais importantes.
As Maravilhas de Lucrecio
Desde a chegada do príncipe Lucanor Giovanni ao trono de Lucrecio, o país começou a surpreender o mundo com impressionantes maravilhas. Suas investigações se desenvolveram, entre outras muitas coisas, enormes avanços médicos, novos métodos de construções e inclusive um motor naval que pretende substituir algum dia os barcos de vela. Todos estes progressos palidecem em comparação com a criação dos primeiros zeppelins de Gaïa, enormes artefatos voadores que nestes momentos cercam os céus conectando vários principados. Dizem os rumores que Lucanor esconde na verdade outras grandes invenções absurdas por baixo de suas mangas e há inclusive rumores que estas mesmas invenções são de fato superiores aos zeppelins, ainda que tudo isso seja apenas rumores. Mesmo assim, o povo se pergunta a cada dia sobre qual é o sussurro genial que assombra os ouvidos do enigmático príncipe.
O Lampyridae
Um dos materiais mais importantes do Velho Continente é o estranho mineral chamado Lampyridae. Se trata de uma peculiar pedra de cor gris claro que tem a estranha qualidade de emitir uma potente luz quando é posta em contato com a água ou outras substâncias líquidas. Dependendo da quantidade de lampyridae e de quanta água a rodear, sua luminosidade é muito maior. No geral, a luz que emite é de uma cor branca pura, mas isso depende da natureza do líquido com o qual o mineral é posto em contato. Por exemplo, pode adquirir tonalidades cobrizas quando se poe no azeite, ou púrpura quando é com o sangue. Muitos investigadores trataram de averiguar a causa deste fenômeno, mas até o momento nenhum deles tiveram uma explicação científica apropriada.
De qualquer maneira, o certo é que o lampyridae tem numerosas aplicações práticas em Gaïa, e há um grande número de países que utilizam de variadas formas. Sua função mais básica é a de iluminar casas e calçadas, em formas de lâmpadas ou faróis. Há toda a classe de modelos, desde um recipiente cheio de água com um fragmento de lampyridae no centro, mas há outros mais avançados, como faróis de cristal que contém água pura com uma pedra em seu interior, suspensa por finos cabos metálicos.
Infelizmente, o lampyridae tem um uso limitado, já que perdem suas qualidades com o tempo, sofrendo algum tipo de degeneração após um longo tempo em contato com a água. Como conseqüência, com um ou dois anos começa a emitir um forte e desagradável odor que pode inclusive produzir uma luz amarelada fraca. Se a degeneração se prolonga (as vezes, pode ser até a mais de um século), começa a emitir um gás que pode resultar mortal.
O Legado de Sôlomon
É uma crença amplamente estendida que o ancestral império de Sôlomon era possuidor de um nível tecnológico muito superior ao atual. Por isso muitos investigadores tem feito dezenas de investigações a respeito, o que se conhece desse período é realmente mínimo. Simplesmente se pode assegurar que muitas maravilhas que atualmente surpreenderam o mundo tem como base os antigos descobrimentos das ruinas de Sôlomon, inventados a partir de restos e ruínas deixadas para trás pelos antigos.

Ciência e Tecnologia em Eurakia
Sem a base de Sôlomon para inspirar seus descobrimentos e com uma relação muito maior com o sobrenatural, a ciência e a tecnologia tradicionais são consideravelmente mais atrasadas em Eurakia e nas ilhas adjacentes. A impressão, um elemento indispensável na propagação do conhecimento, não foi instaurada nestes territórios até a apenas um século (e há zonas nas quais ainda nem sequer conhecem isso), o que propiciou certo desconhecimento de muitos avanços. Atualmente só Elcia e Espheria, os dois países mais modernos, se aproximam a Abel no aspecto técnico e científico, ainda que cada um deles se destaca por ter avanços muito diferentes conceitualmente.
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