Viagens e Transportes

Ainda que a maioria das pessoas vivam em um só território, é uma necessidade muito comum viajar de um lado a outro, seja por motivos de trabalho ou simples prazer. Antigamente as viagens implicavam grande perigo e seria mentira afirmar que hoje em dia ainda não seja, mas a verdade é que as coisas têm mudado consideravelmente na atualidade considerando como era a sete séculos atrás. Durante o período de predomínio e expansão de Abel, o Império ordenou a construção de mais de meia centena de grandes calçadas para unir os diferentes Principados entre si. Deste modo, ainda que as conexões ainda não sejam perfeitas, a capacidade de viajar de um lugar a outro melhorou consideravelmente.

Além das grandes calçadas, é bastante comum que existam caminhos bem atendidos nas principais rotas de comércio e entre as aldeias e cidades à cerca. Os viajantes ficam a disposição de grandes guias e nobres locais, mas nem sempre resultam em boas vias de comunicação.

A forma mais habitual de viajar é a pé, pois nem todo o mundo pode se permitir ao luxo de manter uma montaria. Mesmo assim, o número de pessoas que viajam a cavalo, em caravanas ou em carruagens é cada vez mais elevado. Já tem um tempo que existem companhias de viagem, grandes empresas que se dedicam a realizar peregrinações em caravanas entre diversos pontos do continente. Por um preço que varia segundo o tipo de viagem, é possível ir de um lado a outro com a segurança que brindam os outros acompanhantes e algumas escoltas. Salpicando todos estes caminhos podem se encontrar tavernas e hotéis de viagem, que servem para que os viajantes desfrutem de um teto e bom repouso após uma longa jornada, além de evitar se perder na escuridão ou ter encontro com feras noturnas ou assaltantes. É importante mencionar que, no caso de que existam grandes rios, o transporte fluvial pelo interior é também um método muito utilizado (inclusive mais que ir a pé), pois brindam tanto de segurança quanto velocidade.

Para viagens por mar, os países de Gaïa tem suas frotas de comércio, entre as que podem se encontrar todos os tipos de navios imagináveis que estão a disposição dos viajantes de hoje em dia. O mais comum é contratar uma companhia comercial de transporte, mas também existem capitães que são donos de seus próprios navios. O problema das companhias comerciais é que levam navios de escolta, devido a proliferação da pirataria, e os galeões de guerra não são nada rápidos. Os navios livres, ao contrário, oferecem velocidade e discrição, e são a melhor opção quando se quer sair de algum lugar sem perguntas embaraçosas. A segurança é menor e o custo mais elevado, mas não são poucos os que preferem pagar mais em troca de um serviço mais personalizado.

No entanto é impossível esquecer do maior avanço em matérias de viagens e transportes que Gaïa já experimentou nos últimos séculos, a criação das quatro linhas aéreas de Lucrecio. Graças a aparição dos zeppelins, o mundo se tornou menor, já que é possível viajar em poucos dias de um confim a outro do Velho Continente ou inclusive cruzar os oceanos em direção a Manterra. Apesar de tudo, não demorou para surgir vozes fazendo referência ao acidente que teve A Dama faz meses, proclamando que se Deus quisesse que os seres humanos voassem, lhes teriam dado asas.