Diversão e Entretenimento

As pessoas necessitam de se divertir para viver e isso não é nenhuma exceção em Gaïa. Todos e cada um dos Principados tem suas particulares maneiras de passar o tempo, formas de escapar da monotonia diária e dar alguma cor a vida. O certo é que apesar das grandes diferenças culturais que há entre os diversos territórios, no geral todo o mundo compartilha de tradições similares.

Classes Privilegiadas

Comumente, as pessoas ricas disfrutam de entretenimentos refinados e próprios de sua posição social. Sua capacidade econômica superior lhes permite gastar elevadas quantidades de dinheiro em seus passatempos, tudo para dar cor em suas vidas e provar que estão no topo.

Lugares como a ópera e o teatro são muito visitados pela nobreza e burguesia, aonde o luxo está ao nível das exigências dos privilegiados. As casas de ópera ou de representações teatrais não reparam em gastos para satisfazer seu exigente público, e investem grandes somas de cenografia, vestiário e qualquer coisa que possa elevar a qualidade do que oferecem a seus espectadores.

Outros lugares muito frequentados pelas classes altas são os museus e as exposições de arte, aonde podem observar o talento de artistas de renome e se surpreenderem com as maravilhas de todas as partes. De igual modo, os zoológicos são também um lugar predileto, especialmente para as mulheres e crianças.

A caça é outro dos favoritos indiscutíveis, sobre tudo entre os jovens que buscam emoções fortes. Ao contrário dos meros caçadores locais, a maioria dos nobres e burgueses alugam territórios de caça privados, clubes extremamente exclusivos dos quais podem perseguirem animais exóticos trazidos dos confins do mundo. Este estilo de vida é enormemente popular em alguns Principados muito refinados como Gabriel, aonde é habitual realizar viagens para "lugares selvagens" como Nanwe ou Goldar para encontrarem as melhores presas e logo apresenta-las aos seus amigos. Não menos importantes, sempre estão acompanhados de profissionais para que lhes ajudem a voltar com segurança.

Mesmo assim, de todas as diversões das classes privilegiadas, nenhuma é mais popular que os bailes e cenas da sociedades. Se trata de grandes reuniões de alto escalão que diversas famílias periodicamente celebram. Seus motivos podem ser muito variados, desde apresentar alguém novo na sociedade a celebrar qualquer classe de festividade. Nelas os nobres bebem, dançam e se divertem, assim como fecham negócios ou tomam importantes decisões. Há algumas pessoas que se preparam durante semanas para atender corretamente a etiqueta ou se destacar no baile.

Uma menção especial merece a ilha de Paradis Paradis, pois apesar de sua recente criação, as atrações que oferecem vêm conseguindo se tornarem tremendamente populares em todos os países de Gaïa. Certamente não tarda em surgir parques competidores, mas até o momento nenhum se compara remotamente a qualidade e espectacularidade de Paradis Paradis.

Classes Baixas

Ao contrário das pessoas endinheiradas, as classes baixas não tem acesso a entretenimentos demasiadamente refinados, mas a imaginação de alguns deles os permite que tenham um repertório quase igual em variação. Por norma, estes indivíduos se distraem com espetáculos de cavaleiros, bobos e artistas ambulantes que apresentam diariamente em alguns lugares. Todos os povos grandes ou bairros das cidades importantes sonham em ter em sua disposição um grande número de comediantes e atores dispostos a entreter a plebe em troca de algumas quantias de moedas. Jogos com animais, malabaristas ou representações públicas são as diversões mais comuns para escapar da rotina. Esta afeição têm feito com que diversos circos itinerantes, cada vez mais frequentes, visitem as cidades de vez em quando anunciando sua chegada a viva voz. Por uma simples moeda de prata ou uma quantidade inclusive menor, uma pessoa e sua família pode se sentir acima do mundo vendo um espetáculo que para eles é único.

Outros dos lugares de entretenimentos mais comuns são os bares e tavernas, aonde muitos trabalhadores descansam ao acabar sua jornada. Tomar um pouco de vinho ou cerveja enquanto algum músico ou cantor ameniza o ambiente, é uma cena tradicional em qualquer lugar do mundo. Há de remarcar a importância de festividades aonde o povo espera com grande interesse e expectativa. O povo disfruta plenamente de tais acontecimentos, já que brindam uma oportunidade de dançar, comer e desfrutar grandiosamente, renegando qualquer problema.

Mas tampouco se pode esquecer que existem diversões muito mais selvagens nos lugares mais escondidos de Gaïa. Em terras como Goldar ou Haufman, há arenas de combate aonde os lutadores se enfrentam entre eles ou contra bestas selvagens para a diversão do público. Em tais espetáculos, o sangue e a vida humana podem ser moeda de troca nas apostas.

Música

A música é um elemento de considerável importância na maioria das culturas e sociedades. Em Gaïa, cada país tem uma enraizada tradição musical, com seus próprios estilos e tendências. As zonas nórdicas são conhecidas pela estrondosa força de suas canções, as ilhas orientais tem estilos mais lentos e refinados, os territórios ocidentais por sua variada sonoridade. Durante os últimos séculos, Gaïa têm experimentado um verdadeiro florescer musical, muito similar ao que vêm acontecendo na cultura e na tecnologia. Portanto, vêm surgindo milhares de novos estilos, como o jazz, o flamengo, o blues ou inclusive uma arcaica versão da música pop. De igual forma, tratando de seguir os avanços dos novos tipos de música, existem muitos instrumentos, alguns dos quais são extremamente modernos, como pianos, saxofones, orgãos ou inclusive baterias acústicas.

Menção especial merece a recente imagem dos ídolos musicais, que desde a menos de trinta anos têm começado a surgir com uma força implacável. Se tratam de cantores ou grupos que recebem uma forte promoção e publicidade por parte de interesses privados. Geralmente são jovenzinhas especialmente atraentes ou garotos de aspectos rebeldes que utilizam estilos musicais cada vez mais duvidosos. A fama de alguns deles deram a volta em Gaïa, e o população os segue com fervor.

Atualmente, a revelação da cantoria do momento é a misteriosa Andiel, uma preciosa jovem cuja voz cativa todos a quem a escuta. Há rumores entre os fãs que dizem que esse talento foi obtido do doutor Schwarzwald, que realizou o sonho da jovem de se converter em uma cantora famosa.

Festividades

Se há algo que nunca sobra em Gaïa, isso são as festividades. Desde os cantos de Baho até o coração de Abel há muitas celebrações, tanto de âmbito religioso quanto de cultural. Muitas nasceram como recordação de grandes acontecimentos, enquanto que outras não são mais que festas "fictícias" criadas por interesses econômicos para vender produtos. Cada país tem aproximadamente umas vinte ou trinta festividades anuais, sem contar com as que cada povo ou cidade podem celebrar independentemente.

• Dia dos Céus Infinitos

(15 de abril - Estigia)

Esta festa é consagrada ao deus Amenhotep, e sua celebração se centra ao redor dos Reis Faraós, que são seus descendentes. Centenas de peregrinos se dirigem a capital para celebrar um imenso festival, enquanto que o Rei Faraó recebe os mais ostentosos presentes dos nobres que tratam de agrada-lo.

• Magatama Matsuri

(13 de agosto - Varja)

Este dia é celebrado de uma maneira muito distinta nos impérios de Varja, pois envolve a apropriação das pedras da Alma por parte de Lannet. Estes o celebram como um dia de exaltação do espírito nacional mediante banquetes, música e competições das quais samurais se enfrentam, provando suas habilidades diante seus senhores. Contrariadamente, em Shivat é um dia de melancolia, meditação e reza, pois dizem que é o momento do ano em que os espíritos de Ashura estão mais próximos do mundo. As pessoas vão aos templos e fazem oferendas, tratando de evitarem causarem conflitos que possam atrair os engenhos da guerra.

• Semana dos Dons

(Primeira semana de abril - Salazar)

Uma vez ao ano, os nômades de Salazar se reunem durante uma semana para comercializar e repartirem as zonas do deserto. Habitualmente, se celebram todas as bodas e tem lugar para festividades variadas, que incluem dança e outras competições.

• Imperus Magnus

(16 de setembro - Sacro Santo Império, Aliança Azur, Estados Episcopais)

Possivelmente, é a festa laica mais importante de Gaïa. Nela se celebra o dia em que se fundou o Sacro Santo Império. Em todas as partes é um fechamento de grande negócio, pois comemora o final de um período obscuro. Na atualidade vem perdendo seu significado em muitos países em torno do coração do Império, mas igualmente segue sendo celebrada ao alto. Em Abel é a maior das festividades e Arkângel se enche de visitantes para um espetáculo sem igual.

• Lácryma

(9 de junho - Sacro Santo Império, Aliança Azur, Estados Episcopais)

O 9 de junho é um dia obscuro e triste, do qual se comemora a morte de Zhorne Giovanni, o fundador do Sacro Santo Império. Em muitos lugares existe o costume de fazer pedágio durante toda a manhã durante os sermões de todas as igrejas, e enchendo as casas de velas.

• Festival de Ayakashi

(Primeira semana de agosto - Varja, Phaion)

Uma festividade que comemora a recordação dos mortos. Os familiares acendem lamparinas e as deixam sob o mar para guiarem os espíritos ao além.

• Velhazzar

(Primeira noite de lua cheia de abril - Terras de Al Enneth)

O "momento destinado" se passa em memória ao tempo em que El Eyad recebeu as revelações de Jihamath. É um tempo de oração e meditação, em que cada um dos crentes devem reconsiderar sobre o caminho que escolheu em sua vida. Pela noite, são comuns as grandes celebrações, como danças e festivais.

• Solstício de Inverno

(21 de dezembro - Gaïa)

A festividade também chamada por "espelho da escuridão perpétua", esta memória anunca a noite mais longa do ano. Dependendo de cada cultura, pode se celebrar com alegria e festivais, ou com respeito e medo. Ao norte pensam que é o único momento em que os deuses dormem e a escuridão se acerca sobre o mundo, enquanto nas zonas mais afins ao Império existe a tradição de todos irem as ruas e lançarem fogos de artifício.

• Solstício de Verão

(21 de junho - Gaïa)

O dia mais longo do dano, esta festividade é celebrada em toda Gaïa de maneiras muito diferentes. Em muitos lugares se formam grandes fogueiras e as pessoas dançam ao seu redor, pois dizem que purifica a alma e protege dos demônios. Em algumas culturas, esta memória é chamada de Dia da Porta, e creem que a membrana que separa o mundo real do mundo dos espíritos se torna mais frágil.

• Equinoccio Vernal

(21 de março - Gaïa)

Uma festividade menor, que aclama a chegada da primavera. É um dia para os casais e os amantes, aonde as declarações de amor e as bodas são tremendamente comuns. Desde a muitos anos, a empresa Providence têm começado a promover o costume de que durante o equinoccio deve se dar um presente a pessoa amada. Surpreendentemente, teve uma rápida aceitação e se converteu em um hábito muito extendido, sobre todo o Império e em Varja.

• Equinoccio Autumnal

(23 de setembro - Gaïa)

O conhecido dia da colheita é celebrado por quase todos os camponeses de Gaïa, que costumam dar graças por seu duro trabalho ao longo do ano. São comuns os grandes banquetes, que incluem danças e bebidas. É uma festividade principalmente campestre, que não tem demasiada repercussão nas grandes cidades.

• Sanctus

(7 de abril - Estados cristãos)

Dia de luto e pranto para os crentes da Igreja Cristã, Sanctus é a memória da qual o Messias morreu nas muralhas de Sôlomon. Apesar de que cada país tem suas próprias tradições, são habituais as procissões e sermões nas missas santas, em recordação de Abel Cristo.

• Festa das Almas

(18 de fevereiro - Moth)

Uma festa pagã de origem desconhecida, cujo fim é expulsar os maus espíritos e se protegerem das maldições. O povo sai as ruas e joga sal por todas as partes, deixando um monte em cada porta.

• Weihnacht

(24 e 25 de dezembro - Estados Cristãos)

A chamada "noite de bendição", uma das principais festividades cristãs, comemora a aparição do Messias no mundo. Se celebra com grande regozijo e é muito habitual se reunir em família e entregar presentes.

• O Novo Ano

(31 de dezembro - Gaïa)

Geralmente, todas as culturas que usam o Calendário de Aveh celebram o fim de ano na noite de 31 de dezembro. Não se trabalha nesse dia, e as pessoas se reunem primeiro para cear em família e logo saem em festa no preciso instante em que chega a meia-noite.

O Éden

Se existe algo que realmente desperta o interesse de praticamente todos os povos e culturas de Gaïa é sua afeição comum pelo Éden. Se trata de um deporte de massas que atrai a atenção de centenas de milhares de pessoas de todo o mundo e vem se convertendo em um verdadeiro fenômeno social. Sua origem é muito antiga e pelo que se sabe, era jogado inclusive antes da chegada do Messias. Alguns historiadores inclusive teorizam que nem sequer foi desenvolvido pelos homens, ainda que todo mundo o nega.

As regras do Éden é que duas equipes de seis pessoas se enfrentam e que tem como objetivo introduzir um pesado balão dentro do território de seu rival. Se joga em um estádio redondo, cercado por paredes altas e cheio de colunas dentre quatro a cinco metros de altura. A bola pode ser golpeada com os punhos, pés, cotovelos ou cabeça, e é livre rebotar entre as colunas ou muros. Assim, muitos dos melhores passes e jogadas se fazem aproveitando tais rebotes.

O esporte admite um duro contato físico, incluindo não só troncos mas também empurrões e golpes sobre o rival. Nenhum confronto pode durar mais que três segundos, admitindo apenas uma passada de golpes. Depois, é obrigatório esperar trinta segundos antes de iniciar um novo ataque. Outra possibilidade é usar a bola para impactar seus adversários, já que, ainda que esta seja feita de couro, é suficientemente pesada e dura como para que realmente produza dano.

Uma partida dura quatro sets de quinze minutos cada um, entre os quais há um breve descanso com a finalidade de que os jogadores se recuperem. Para assegurar o correto cumprimento das regras, as partidas oficiais tem quatro árbitros, que vigiam as faltas e controlam o tempo dos confrontos.

Pela regra geral as partidas são jogadas a altura do solo, mas os melhores jogadores podem chegar a disputar partes do encontro saltando sobre as colunas do estádio. Pela grande popularidade do esporte, há milhares de jogadores em Gaïa, dentre os quais existe uma minúscula porcentagem que inclui desenvolver habilidades do Ki que aplicam em pequena escala nas partidas. Consequentemente, as grandes estrelas são inclusive capazes de dar saltos prodigiosos, moverem-se a velocidades sobrehumanas e extender sua energia física no balão para lhes dar maior potência em seus tiros. Por causa de sua incrível espetacularidade, não é de se estranhar que as pessoas exaltem tais encontros e que considerem as habilidades de seus ídolos como mero talento de jogo.

O Éden se joga na maioria de países e principados de Gaïa. Os mais adiantados culturalmente, como Abel, Phaion ou Togarini, tem suas próprias ligas, enquanto que em outros lugares mais selvagens, como Goldar ou Haufman, simplesmente são comuns as partidas por entretenimento. Alguns jogadores profissionais vem chegado a conseguir fama e reconhecimento a nível mundial, e ganham anualmente desorbitantes quantidades de dinheiro por estarem entre suas equipes. Apesar de que não é muito comum, é um esporte misto de gêneros, assim também existem algumas jogadoras de elite nas ligas.

Uma tradição é que cada cinco anos se joga um mundial em que se reunem as seleções de todos os países do mundo. O próximo estava fechado para princípios do próximo ano em Lucrecio, ainda que dada a atual situação da qual se encontra o Império, ninguém tem muita clareza se realmente se ocorrerá. De qualquer modo, tanto os países afins a Abel quanto os que compoem a Aliança estão tratando de reforçar ao máximo suas equipes, dado que se a competição tem lugar, nenhum desejaria perder o encontro, pelo impacto social que provocaria.

Os últimos dois mundiais foram ganhos por Phaion Eien Seimon, e sua equipe é considerada como uma das melhores (se não a melhor) de toda Gaïa. Ironicamente, nas duas vezes chegaram enfrentando Shivat na final, derrotando-a de forma muito acirrada.