Estados Independentes

Os estados restantes do Velho Continente são conhecidos com o nome de Estados Independentes. As diferenças entre cada um deles são enormes, tanto cultural quanto geográfica e climática, pelo qual resulta impossível trata-los em conjunto. A maioria destes principados estão desligados de Abel, sem ter uma frente de oposição comum, ao contrário da Aliança Azur. Simplesmente pretendem ser estados autônomos, já que nenhum deles nunca se sentiu demasiadamente unido a ele, se bem sua potência militar os mantinha conectados.

Kushistân

Pequenos desertos e zonas calorentas dão passo a cidades verdejantes com abundante água e desenhos arqueados. Esquisitos palácios com exuberantes jardins contrastam com as casas de barro e canas de suas cidades de tetos baixos. Kushistân é uma das maiores potências econômicas e militares dos reinos independentes, cujos povoadores vivem em contínua tensão com a Igreja. Profundamente religiosos, tem seus próprios costumes e tradições, que diferem radicalmente dos ideais cristãos. Por isso, se encontram em más relações com Argos, com quem tem pequenas rixas na fronteira. O líder político e religioso deste estado árabe, Omar Ben Sharif, domina Kushistân em um intrincado e complexo sistema piramidal.

Desde sua separação com o Império, a escravidão é permitida em Kushistân e o papel da mulher está relegado a um segundo plano. As leis, extremamente duras, o são mais com os estrangeiros, os quais o próprio povo expulsa geralmente do país. Falam seu próprio idioma, o jashú, ainda que um grande número conhece também o latim.

Estigia

A economia de Estigia é baseada na escravidão e no comércio, fruto de suas minas de ouro e do artesanato produzido com o precioso metal. Seus cidadãos vão vestidos com poucas roupas, com centenas de adornos de prata e ouro que mostram sua pele brunhida pelo sol ardente. As mulheres, ao contrário que em Kushistân, Salazar ou Kashmir, ocupam postos de importância na sociedade, geralmente como sacerdotisas, sábias ou mesmo guerreiras. Suas quatro únicas cidades se alçam ao longo das fluentes do rio lometh, no norte do país. A parte sul do reino é um terrível deserto, habitado tão só por algumas tribos nômades separadas.

Liderados pelo Rey Ahiyoreph, considerado por seus cidadãos como o verdadeiro Imperador, os estigios formam uma cultura independente que conta com o apoio de Kushistân e Kashmir. Isolado do ocidente e imersos em um seu próprio mundo, rechaçam qualquer tipo de contato com o Império ou suas intrigas políticas.

Salazar

Mais que um reino ou principado, se pode dizer que Salazar é um imenso deserto. Poucos são os recursos naturais que podem se encontrar em tal ambiente, e a vida nestas condições é verdadeiramente difícil. Doze clãs de nômades sao os únicos habitantes do deserto, e estes devem recorrer constantemente suas areias para encontrar os poucos oasis que há. As tribos se encontram permanentemente em confronto em uma intrincada luta para conservar as melhores zonas do deserto, e naturalmente, a pouca água que há é considerada mais valiosa que o ouro.

Anteriormente Salazar era regido por um delegado escolhido dentre as tribos pelo Imperador, ato que sempre causava muitos problemas e desavenças. Após a queda de Abel, os clãs ignoram completamente o príncipe e se dedicam a conseguir os melhores territórios.

Kashmir

Após o deserto de Salazar se alçam as montanhas de Kashmir. Terrenos pedregosos, rios secos e zonas extremamente quentes dão passagem a lugares mais habitáveis e férteis. Kashmir é um grande agrupamento de povoados, construídos com canas e barro. Ali coexistem centenas de tribos, cada uma das quais tem seus próprios costumes e tradições, que diferem grandiosamente em cada parte do território. Na realidade, não prestam a mínima atenção ao Império nem a suas intrigas. Vivem da pesca, da caça e criação de animais, e com isso tem o suficiente para subsistir.

Nanwe

Nanwe é uma zona selvagem pouquíssimo explorada, cheia de calorentos rios e vegetação espessa. Não são poucos os exploradores que se aventuram nestes paraísos em busca de cidades lendárias ou tesouros antigos. De vez em quando, também se organizam expedições a esta península para caçar animais exóticos. Alguns poucos nobres, impostos a alguns anos pelo Império como senhores destas terras, tem ali algumas minas de diamantes das quais obtém grandes benefícios.

Se tem constância da existência de algumas tribos que habitam a selva, mas se ignora que tipo de sociedade tem ou seus costumes.

Baho

As terras de Baho se compõem de escarpadas cordilheiras de grande altitude, vales e alguns lagos isolados. Anteriormente habitantes de Salazar que migraram do deserto buscando terras mais férteis, os habitantes de Baho são homens e mulheres acostumados a altitude e a terríveis mudanças climáticas. Suas duas cidades principais, Sherena e Thirgú, construídas na própria pedra das montanhas que habitam, albergam quase que a totalidade dos habitantes do território. Impetuosos e orgulhosos, os guerreiros de Baho seguem seu próprio código de honra, e se mostram mais que dispostos a ajudar a Kushistân ante um possível confronto armado com a Igreja.

Tem dois líderes, que são escolhidos entre os homens mais sábios e fortes do país a cada dez anos, em uma difícil prova que só os melhores chegam a superar.