O Sacro Santo Império de Abel

Os territórios do Sacro Santo Império de Abel são constituídos pelos principados que após a queda do último Imperador, reconheceram a jovem Elisabetta Barbados como a legítima sucessora ao trono. Encontra-se situado na parte central do Velho Continente, e apesar do desmembramento, em seu conjunto segue constituindo a potência econômica e militar mais poderosa do mundo. Mantem o mesmo sistema político de anteriormente, reunindo a figura da Imperatriz com todo o poder militar e religioso. Em seu serviço estão os exércitos de cada principado e do mais poderoso entre os quatro Senhores da Guerra, Tadeus Van Horsman. Deixando de lado suas diferenças, todos os governantes destas regiões sonham com a reconstrução do Império de anteriormente e ocupar um lugar de privilégio nele.

Abel

Abel é o coração do Sacro Santo Império. Regido pela menina Imperatriz Elisabetta Barbados, é a região mais próspera e poderosa de toda Gaïa. É constituído por centenas de povos e cidades ao longo de todo seu território, que alcançou um impressionante desenvolvimento cultural graças as suas escolas e universidades. Em suas terras coexistem sem problemas centenas de etnias e culturas, em conseqüência das contínuas imigrações de refugiados que buscaram ali abrigo durante os períodos de guerra. Todos os seus cidadãos sentem-se orgulhosos de formarem parte de Abel e do Sacro Santo Império, em especial os integrantes de sua capital, Arkângel, a cidade mais importante do mundo.

O comércio com outros principados é constante, a mineração e a agricultura ocupam um lugar privilegiado na economia de Abel. A nobreza, dividida entre aristocracia e burgueses que compraram seu título com dinheiro, domina os grandes feudos e latifúndios da vasta comarca. O poder que a Igreja exerce é patente tanto entre o povo quanto nas altas esferas. A Imperatriz domina a grande maioria dos altos cargos religiosos, mas estes seguem tendo um forte laço que os une com o Vaticano e com o Sumo Arcebispo. Os nobres e a Igreja mantém uma guerra não declarada de interesses por situarem a cerca de Elisabetta e tentar influencia-la para seus interesses, mas esta apenas segue os conselhos do Senhor da Guerra Tadeus e seus tutores da Ordem do Céu.

Arlan

Integrado no núcleo central do Império, Arlan é um principado comercial especializado no transporte marítimo. Os sete homens e mulheres mais ricos do território dominam esta região. Se fazem chamar O Conselho e controlam o comércio e a organização de todas as cidades e portos, tomando decisões que, no geral, são boas e frutíferas para seu desenvolvimento. A cidade mais importante é sua capital, Karh, possivelmente um dos primeiros portos comerciais de Gaïa e lugar de passeio indispensável para os viajantes. O principado trabalha basicamente com o comércio de produtos do Novo Continente e sua exportação às terras interiores. Os mercados, tendas e estufas são freqüentes em todas as suas cidades e povos, sobretudo na capital. É um integrante fiél do Império e uma poderosa potência econômica que aporta grandes benefícios ao trono de Abel. Seus exércitos são muito escassos, mas possuem um dos melhores corpos de guarda do Velho Continente para assegurar o bom funcionamento do comércio.

Dalaborn

Situado ao norte de Abel, este território é governando pelo príncipe Edgar Vale, ainda que quem exerce verdadeiramente o controle da região é o Senhor da Guerra Tadeus Van Horsman, que alterna sua residência entre Arkângel e Eron, capital fortaleza de Dalaborn. Trata-se de um Estado quase militar. Torres e muralhas alçam pelo lugar e ao torno do país, e a multidão de soldados que marcha pelas cidades dá um aspecto de encontrar-se contínuamente em guerra. A nobreza aristocrática ocupa um lugar favorecido e a burguesia é escassa. A carência de adornos nos edifícios diz muito de seus habitantes, acostumados ao prático e ao duradouro.

Grandes montes de gramas verdejantes enchem ao torno de Dalaborn, coroadas ocasionalmente com alguns bosques de escassas espessuras e separadas por seu único grande rio, o Anluin. Há centenas de povos construídos ao redor de grandes castelos e fortalezas, dominados pelos senhores feudais e os agentes de Tadeus. A maior delas é o Castelo de Ogara, também chamado por Forte Escarlate.

Kanon

As terras de Kanon constituem a atual fronteira sul do Sacro Santo Império. Kanon representa setenta por cento das forças navais de Abel, cuja frota controla a paz das rotas marítimas do Mar Interior. Sua economia se mantém graças a pesca e as taxas das quais se beneficia pelas escoltas de embarcações comerciais de outros reinos. A fama de seus navios é bem conhecida em todo o mundo, e os segredos da construção de seus corsários de guerra estão rigidamente guardados pelos mestres astileiros. No interior, há grandes montes de terra que se estendem por Kanon, aonde se podem encontrar disagredadas diversas de granjas e pequenos latifúndios que se dedicam aos cortes e ao plantio de árvores para provar madeira aos construtores navais, homens brilhantes conhecidos por terem suas próprias assinaturas visuais de adornos em seus grandes navios guerrilheiros.

Galgados

Galgados é uma imensa zona de colinas e montanhas. A Cordilheira dos Ventos delimita sua fronteira com Alberia e Dalaborn, sendo só flanqueável por uma pequena passagem de vital importância chamado Hécate, aonde encontram-se as maiores ruínas da antigüidade, onde desavisados podem se perder. Galgados vive de suas minas de ferro, do qual é exportado quase em sua totalidade a Dalaborn para a fabricação de armas. Seu clima é duro, com fortes ventos que vivem balançando os lugares e pessoas sobre toda a zona e durante todos os dias e noites. Após a morte de Victor Daorland, o anterior Virrey, seus três filhos, dois homens e uma mulher, se encontram em uma acirrada luta interna para conseguir o favor de Elisabetta e receber a coroação do principado. O problema é que os jovens, Karlson e Frederic, são gêmeos, enquanto que Marina, a primogênita, declara seu direito ao trono pelo mesmo princípio que permite a Elisabetta converter-se em Imperatriz. O povo acabou também dividido em três facções, e em algumas cidades foram separados municípios, sendo habituais as disputas entre os distintos partidários. O povo se encontra esperando a decisão que toma a Imperatriz, mas escolha quem escolher, é seguro que ainda trará problemas.

Ilmora

O pequeno principado de Ilmora é a sede cultural do Velho Império. É conhecido por suas altas torres e pelo conhecimento que se esconde nelas. Um conselho formados pelos doze eruditos de maior renome governa o território. Suas cidades são prósperas, abundantes de criatividade e cultura, já que o governo fomenta todo tipo de atividades didáticas, criando escolas e centros de estudo gratuitos para o povo. O povo culto, como poetas e músicos são bem considerados em Ilmora, ao contrário das pessoas com aspectos rudes e de maus modos. Esta região obtem seus benefícios de comércio através da arte e das centenas de escolas, além de seus livros vendidos em todo o Império, seja livros de estudo, seja os dos contos infantis. Além do mais, muitos nobres de outros reinos apadrinham jovens e talentosos artistas ou enviam seus filhos para estudarem em Ilmora.

Helenia

Helenia é uma região tranqüila de mineradores e agricultores. Os povoados são poucos e se encontra dividido em centenas de povos espalhados pelas extremidades do território. Sua principal fonte de ingressos provem da exportação de comida, algodão e remédios, ainda que a cria de cavalos também representa um grande benefício econômico, já que seus puro-sangues são famosos em todo o continente. Infelizmente, as escarpadas cordilheiras que limitam com o Mar Interior impedem, quase que em totalidade seu terreno, o comércio marítimo ou a exploração do mar. A nobreza em Helenia é quase inexistente e apenas alguns grandes capatazes exercem o controle em seus lugares. O governo está em mãos de seu príncipe, que se reúne anualmente com os representantes dos povos e da nobreza para impor novas leis ou modifica-las. A única grande cidade que há em toda a zona é Farna, aonde se celebram habitualmente festas para a compra de cavalos, animais domésticos e elementos de primeira necessidade.

Alberia

Por causa da constante chuva, Alberia se encontra cheia de formosos bosques e verdejantes montes. As aldeias e povos tendem a estarem cercados de alguns dos múltiplos rios que atravessam seus territórios, sendo pouco habituais cidades de grande tamanho, fazendo assim, Alberia ser enriquecida em natureza. A madeira representa a principal fonte de ingressos das terras interiores, assim como a pesca o é para as costeiras. O príncipe Arthur e um parlamento elegido democraticamente por seus cidadãos regem o país, um sistema que criou certa tensão entre a nobreza e o povo tradicional. Alberia se mantem fiél ao Império, mas sua postura é de se esquivar sempre ante qualquer tipo de conflito armado.

O povo tende a ser desconfiado e conservador, preferindo evitar o contato com os estrangeiros, especialmente aqueles dos quais se separaram de Abel. Só comercializam com Gargados ou Dalaborn, ainda que em raras ocasiões mercadeiam com Kanon, proporcionando-lhes a matéria prima que é tão vital para seus construtores. A grande quantidade de bosques e zonas pouco exploradas de Alberia criou centenas de mitos e lendas acerca de algumas de suas florestas. O cristianismo, ainda que seja considerado sua religião oficial, é pouco praticada entre os povos, já que os aldeões tem suas próprias crenças e superstições baseados em contos de fadas.