O Novo Continente

O Novo Continente é a massa continental que se encontra ao oeste de Gaïa. Tem esse nome por ser o último território que foi anexado ao Império, e sobre o qual Abel tinha menor interesse e controle. É uma zona geograficamente muito variada, com grandes planícies e por sua vez enormes selvas. A terra mais próxima ao Velho Continente é conhecida como Costa Brechada, e é a área mais transitada maritimamente. A zona ocidental toma o nome de terras interiores, onde a influência do Império foi muito menor.

Manterra

Manterra não diferente muito de qualquer zona sob a direta supervisão do Império. Como território do Novo Continente mais próximo a Abel, suas leis, crenças e estrutura social são um vivo reflexo das do Sacro Santo Império. Quando o Imperador caiu, Manterra se manteve indecisa, sem se atraver a declarar seu apoio a Imperatriz. Atualmente, seu príncipe Misha Mashen'ka, deseja uma independência completa de suas antigas raízes, mas no mesmo território se senta seu irmão menor, o Senhor da Guerra Mihjail Mashen'ka, que pouco a pouco sente maior simpatia pela Imperatriz. De momento, há uma grande divisão de opiniões entre o povo, e ainda que a maioria apoia a jovem, preferem esperar para ver como se desenvolve antes de lhe dar sua fidelidade.

Sua principal fonte de ingressos se deve ao seu comércio com Arlan de produtos que, por sua vez, adquirem de terras interiores, ainda que também goza de uma animada agricultura e mineralismo. Tem muitas cidades importantes, dentre as quais se destaca sua capital, Magda.

Arabal

Arabal é conhecida como o Reino da Água, por seus numerosos lagos, rios e fluentes. Algumas de suas cidades são construídas sobre a água, e são de uma beleza sobrecolhedora. Arabal apoia a unidade do Sacro Santo Império, mas considera que Elisabetta não está preparada para assumir esse posto. Portanto, seus dirigentes estão seguros de que será destituída e esperam a nomeação de seu sucessor para lhe jurar fidelidade.

Economicamente é um dos principados mais poderosos desta parte do mundo, ainda que seus exércitos são bastante fracos e estão pouco preparados para uma contenda. Pelo contrário, os marinheiros de Arabal são os melhores de Gaïa, conhecidos por suas aficções em realizar longas travessias pelo manto aventureiro, recorrendo os oceanos em busca de riqueza e fortuna. Como Manterra, deve grande parte de seu êxito ao comércio e sua frota naval.

Pristinia

O principado de Pristinia é um território de densos bosques, colinas e vales, onde diminutas vilas e povoados convivem em perfeita harmonia com a natureza. Cada um deles tem sua própria organização tradicional, encabeçados por um prefeito que seus habitantes escolhem. Na única grande cidade de Pristinia, Elna, se encontra seu príncupe Vasili de Vica, quem não tem nenhum interesse por mandar no território e dá uma completa liberdade a todo o mundo. Espera que a Imperatriz se esqueça de seu insignificante reino e lhes deixem prosseguir a vida tranqüilamente. Seus exércitos são praticamente inexistentes, ainda que nos bosques, os patrulheiros do principado são os adversários mais difíceis de superar.

Devido a pouca profundidade de suas praias e as múltiplas falésias que as bordeiam, o acesso pelo mar a Pristinia é limitado a um pequeno povo portuário, Arces, que serve de escala a navegantes e marinheiros.

No coração de Pristinia se encontra o Bosque das Folhas, uma das florestas mais extensas e frondosas de Gaïa, que tarda dias para ser cruzada. Se rumoreia que em seu interior guarda segredos de eras remotas, mas isso é no momento uma lenda que nunca pôde ter sido provada.

Ygdramar

O extenso território de Ygdramar é um agrupamento de feudos independentes. Cada senhorio tem seu próprio exército e é comum que as ordens de cavaleiros tenham o controle de grandes extensões de terreno. Apesar de tanta ostentação militar, é um território tranqüilo no qual os senhores feudais não costumam lutar entre eles por territórios ou possessões. No caso de que tenha algum tipo de disputa, geralmente se resolvem mediante torneios ou combates de paladinos. Porque, mais que dinheiro ou poder,o que move o povo de Ygdramar é a fama e o reconhecimento. A coroa é repartida entre os três nobres mais poderosos, A Trindade, que fazem ao uníssono a função de Rei. A fronteira com Corinia é fortemente vigiada pelas tropas dos feudos da zona, já que as incursões de tribos das estepes são comuns. Se separaram do Império por motivos puramente filosóficos, já que para eles, atados a velhas tradições, lhes resulta difícil seguir a uma mulher.

Corinia

O imenso território que abarca Corinia é uma enorme estepe na qual habitam distintos clãs e tribos. Seus habitantes vivem em pequenas tendas que montam durante a noite para continuar cavalgando pelo dia. Se tratam de nômades guerreiros, muitos deles confrontados entre eles, que buscam riquezas e a honra do combate. Tão só três cidades permanecem a margem do conflito entre os clãs; Sheenar, Valruk e Rhundar. Cada uma delas, fundadas séculos atrás por Abel, é muito distinta e possui sua própria política e tradições. No entanto, há duas coisas que tem em comum, algumas construções rudes e pouco cuidadas, e o perigo que representam suas ruas, onde todo o mundo passa armado por necessidade.

Separados ideologicamente do Império desde a anos, a queda do Imperador representava pouco para eles; faz muito tempo que não se consideravam parte de Abel.

Elcia

Elcia é uma terra que vive da mineração e exportação de especiarias para a Costa Brechada. Suas cidades são muito pintorescas, uma curiosa mescla entre arquitetura barroca e árabe. Tradicionalmente, dizem que suas mulheres são de uma beleza cativante, muitas das quais são experientes na arte do amor. No reino, as cofradias e grêmios ostentam um poder sem igual na vida política, já que são estes aqueles que escolhem seu rei e formam um parlamento de cada cidade. Uma coisa que chama a atenção é que cada um destes grupos conhece um dialeto próprio, um jargão gremial secreto que só seus membros sabem falar.

Espheria

Espheria é um dos poucos principados que mantém uma oposição declarada a Igreja. Permitem qualquer tipo de religião ou prática, mesmo aquelas que o Vaticano considera satânicas. Apesar de que se encontra tão longe de sua sede, O Domínio a consideraria uma terra tão blasfema quanto Kushistân e trataria de acabar com ela. Em Espheria há uma completa equiparação de sexos, provavelmente por causa da influência da proximidade a Dafne. É uma terra com ideais revolucionários de igualdade para todas as classes sociais.

Sua economia se baseia principalmente no cultivo, mas também possui importantes indústrias artesãs que lhe permite comercializar com os principados da Costa Brechada.

Itzi

Itzi é uma extensa zona selvagem com várias ilhas tropicais. Algumas poucas tribos nativas vivem nestas terras tentando se manterem a margem dos problemas do mundo. Décadas antes da queda de Elías, pode ser que mesmo antes da chegada de Lascar Giovanni ao trono, Itzi já estava pouco vinculada ao Império, o que não preocupou a ninguém. Seu príncipe desapareceu em estranhas circunstâncias, e de momento, ninguém ocupou seu posto.

Se trata de um lugar perigoso, cheio de áreas inexploradas e aborígenes em civilização que crêem um superstições sobrenaturais e rituais pagãos. Não se relaciona apenas com o resto dos principados, mas de vez em quando alguma partida de busca se dirige até suas profundezas tratando de encontrar ouro ou outras riquezas.

Dafne

Dafne, a ilha das rosas é um lugar no qual o poder político está nas mãos das mulheres. A sucessora ao trono há de ser sempre de sexo feminino, que obtém o título de Dafne, senhora das rosas. Nesta ilha os papeis se invertem, e os ofícios que tradicionalmente se atribuem aos homens são ostentados por mulheres e vice-versa. Mesmo a guarda e o exército estão compostos por fêmeas, perfeitamente treinadas nas artes da guerra. Os homens se mantém em um segundo plano nesta sociedade, onde não costumam ser considerados como escravos, mas sua voz é quase nula.

A ilha conta com grandes recursos naturais, tanto é assim, que não necessita do comércio ou do apoio de outros principados para subsistir, e seus cidadãos se sentem orgulhosos disso. Infelizmente, a chuva é quase uma constante em Dafne, e são poucas as vezes nas quais se vê o sol. Suas cidades, grandes e importantes, são muito ostentosas, sobrecarregadas de detalhes e adornos com o fim de embeleza-las.

Bekent

Bekent é a ilha habitada mais longe do mundo. Se trata de um territótio que foi descoberto faz só alguns poucos séculos, e até o momento apenas foi povoado em sua costa sul, onde se assentaram algumas cidades. A parte norte da ilha é excepcionalmente fria, e nela a neve está presente quase todo o ano, pelo qual ainda não exploraram completamente. Dizem que encontraram antigos assentamentos e ruínas no interior da ilha, ainda que não se pode confirmar qual é sua origem.

Bekent é o refúgio de numerosos fugitivos da lei e daqueles que tiveram problemas com a Igreja. Muitos senhores tentam tomar o controle da ilha e serem coroados como reis mediante o apoio das populações já estabelecidas.